EEG para crianças com convulsões febris complexas

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Contexto:

As convulsões febris podem ser classificadas como simples ou complexas. As convulsões febris complexas associam-se a temperatura elevada (febre), duram mais de 15 minutos, ocorrem mais de uma vez num período de 24 horas e são focais (envolvem apenas um lado do corpo da criança). Em alguns países, é comum os médicos recomendarem a realização de um eletroencefalograma (EEG) às crianças com convulsões febris complexas. O EEG regista a atividade elétrica do cérebro e pode ajudar a identificar causas subjacentes às convulsões e a prever o risco de convulsões futuras.

Características dos estudos:

Utilizámos bases de dados científicas para pesquisar ensaios clínicos aleatorizados (estudos clínicos onde as pessoas são colocadas aleatoriamente em um de dois ou mais grupos de tratamento; este tipo de estudos é considerado o topo da hierarquia dos estudos clínicos quanto à robustez da evidência científica) que comparassem realizar EEG, não realizar EEG ou realizar EEG tardiamente (apenas na altura da segunda convulsão) em crianças com menos de cinco anos de idade com uma primeira convulsão febril complexa. Planeámos analisar o número de convulsões ocorridas aos 1, 6, 12 e 24 meses após o EEG.

Resultados principais e qualidade da evidência:

Tentámos pesquisar todas as fontes possíveis, mas não encontrámos ensaios aleatorizados e controlados para abordar a questão até 23 Janeiro de 2017. Concluímos que não há evidência de elevada qualidade para apoiar ou refutar a realização de um EEG e o seu tempo após a ocorrência de convulsões febris complexas em crianças. Por conseguinte, são necessários ensaios aleatorizados e controlados bem concebidos. Pretendemos atualizar esta revisão regularmente com a esperança de que novos estudos aleatorizados sejam publicados no futuro.

Notas de tradução: 

Tradução por: Rute Baeta Baptista. Área de Pediatria Médica do Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central. Departamento de Fisiopatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, com o apoio da Cochrane Portugal