Rastreamento para câncer de testículo

O câncer de testículo afeta comumente homens com idade entre 20 e 35 anos, representando até 2% das neoplasias diagnosticadas em homens, embora o risco de mortalidade seja de menos de 1%. O rastreamento para o câncer de testículo é comumente realizado por um médico, o qual realiza o exame físico, ou por meio de autoexame realizado pelo paciente. . Porém, existem poucas evidências que suportam a acurácia da realização desses exames. Essa revisão identificou que nenhum ensaio clínico randomizado foi realizado para avaliar a efetividade do rastreamento para o câncer de testículo. Na falta de evidências de boa qualidade, pacientes masculinos com um risco elevado de desenvolver câncer de testículo deveriam ser informados dos potenciais benefícios e prejuízo do rastreamento.

Conclusão dos autores: 

Pacientes com fatores de risco elevados para desenvolver câncer de testículo, incluindo história familiar para câncer testicular, testículos que não desceram para a bolsa escrotal (criptorquidia) ou atrofia testicular deveriam ser informados pelos seus médicos do seu potencial risco elevado para ter um câncer de testículo, bem como dos potenciais benefícios e prejuízos do rastreamento.

Leia o resumo na íntegra...
Introdução: 

O câncer de testículo comumente afeta homens com idade entre 20 e 35 anos. O rastreamento para câncer de testículo pode reduzir tanto sua morbidade quanto sua mortalidade, embora a efetividade dos seus métodos ainda não está clara. Além disso, o rastreamento também pode levar a procedimentos terapêuticos desnecessários ou até mesmo afetar de forma negativa a saúde dos pacientes sem um benefício real. Soma-se a isso o fato de que muitas organizações não recomendam a realização do rastreamento para o câncer de testículo devido à baixa incidência do câncer testicular e sua boa evolução, mesmo na ausência do rastreamento.

Objetivos: 

O objetivo primário dessa revisão é determinar se o rastreamento para o câncer de testículo (por meio de exame médico ou autoexame feito pelo paciente) reduz a mortalidade específica por câncer para a neoplasia testicular. O objetivo secundário dessa revisão é determinar o impacto do rastreamento para câncer de testículo na qualidade de vida e seus efeitos adversos.

Métodos de busca: 

Uma busca eletrônica foi realizada nos bancos de dados da MEDLINE, CINAHL, the Cochrane Central Register os Controlled Trials (CENTRAL) e PsychINFO, até 9 de Junho 2010.

Critério de seleção: 

Todos os ensaios clínicos randomizados que avaliaram a realização versus a não realização do rastreamento para câncer de testículo foram elegíveis para inclusão nesse estudo.

Coleta dos dados e análises: 

Foram identificados 19 artigos potencialmente relevantes, os quais foram selecionados para a revisão do texto completo. Nenhum dos artigos que foram revisados foram considerados elegíveis para inclusão nessa revisão.

Principais resultados: 

Não há nenhum ensaio clínico randomizado avaliando a efetividade do rastreamento para o câncer de testículo.

Notas de tradução: 

Traduzido por: Wesley Justino Magnabosco, Unidade de Medicina Baseada em Evidências da Unesp, Brasil Contato: portuguese.ebm.unit@gmail.com

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